13 novembro 2012

The Enemy Kissed Me! *Capítulo 1




Oi minna-san!

Trazendo aqui minha primeira história que vai para a página de fanfics e contos. Acho que o capítulo está um pouco grande e agradeço desde já quem tiver paciência de ler. Até agora eu tenho quatro capítulos prontos, vou postar um por semana, esse primeiro é o maior de todos, é uma introdução compridinha. Aviso logo que as coisas só começam a ficar interessantes no segundo capítulo. Ignorem a imagem do post que não tem nada a ver com o conteúdo da história, é só que eu não sabia qual imagem botar e acabei colocando a Sawako-chan que adoro. Nos próximos capítulos irei postar com alguns desenhos meus que fiz para a história, não postei logo porque estou achando eles terríveis, então vou redesenhá-los. Chega de falação! Que comece a história:

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Eu não sei como as coisas chegaram a esse ponto. Como eu pude fazer aquilo? Como isso aconteceu? Porque eu não impedi? E na frente de todos da sala, e também do professor! Eu estava literalmente ferrada, o que prometia ser o melhor ano letivo da minha vida tornou-se uma das mais terríveis lembranças logo no primeiro dia. E o que foi aquele arrepio? Aquela batida acelerada no meu coração? Será? Não. Não pode ser. Eu poderia estar...Não! Pior impossível, o melhor a fazer agora era esquecer aquilo e tentar dormir, porque o segundo dia estava chegando, e eu não sabia como ia encarar todos depois do que aconteceu hoje. Os meus amigos, meus novos colegas de classe, o professor...o que será que eles estavam pensando de mim agora? Esqueça Lisanna, isso vai te deixar pior ainda, durma. E foi o que eu fiz, mas antes de continuar a minha história vamos recapitular um pouco do que me aconteceu nos últimos anos até esse dia terrível.

Depois de um ensino fundamental penoso, onde eu era uma menina sem expressão, com poucos colegas e morria de ódio da escola, fiz o teste de admissão para o Colégio Secundário Saint Ville. Fiz apenas por fazer, não esperava nada de especial, não tinha muitas expectativas, afinal, na minha antiga escola quase ninguém queria se aproximar de mim – só porque eu era um pouco estressada e violenta, só um pouquinho - porque nessa alguém haveria de querer? Realizei as provas, foram fáceis, e ainda respondi um questionário um tanto peculiar, com várias perguntas do tipo “o que você espera encontrar no Colégio Saint Ville?”, “o que você aspira para o futuro?”, “o que te deixa feliz?”, “o que te irrita?”, “quais são suas qualidades e seus defeitos?”, “você prefere ir ao cinema ou a um jogo?”, “o que faz de uma pessoa um bom amigo?”. Foram inúmeras perguntas desse gênero, eu não me lembro de quantas, só sei que eram muitas, e ainda havia um “fale sobre você, seus medos e seus anseios em 20 a 50 linhas”.

Eu não entendia o porquê das perguntas tão pessoais, mas respondi da melhor forma que pude. Será que todas as escolas secundárias usavam esse questionário? Eu duvidava muito, e estava certa. Mais tarde eu descobri que esse método era único da Saint Ville, que usava isso para traçar o perfil dos alunos e depois dividi-los em turmas por grau de afinidade, e também para decidir que professor ficaria com qual turma. Isso evitava conflitos e fazia com que todos se relacionassem bem. Imagina estudar em uma sala em que tudo foi organizado para que você se desse bem com todos. Isso é bom, não é? Na verdade é ótimo. Com isso, os alunos fazem mais amigos, ficam mais entusiasmados a ir para escola e sempre se dão bem em atividades em grupo. Diretor Peter acertou em cheio, melhorou a vida dos estudantes e ainda o rendimento do Colégio Saint Ville com esse método.

Quando eu soube o modo como funcionava Saint Ville, uma pontinha de esperança surgiu em mim. Talvez numa sala com pessoas reunidas por afinidade eu tivesse mais chances de me enturmar, só talvez. Na verdade a definição de salas e professores naquela escola era muito mais complicada do que apenas comparar respostas e identificar laços comuns, ela envolvia uma série de psicólogos, pedagogos e especialistas da área que analisavam os questionários, mas a base era mesmo a afinidade.

Logo no meu primeiro dia de aula, quando passei pelo portão da escola e atravessei a estradinha de pedra até a porta principal que dá acesso ao hall de entrada, o que eu vi me deixou com um aperto no coração. Tanto do lado direito como esquerdo, onde havia um jardim e uma área gramada recheada de ipês amarelos que iam até os limites da escola, havia inúmeros veteranos sentados e deitados nas sombras das árvores, se abraçando, conversando alegremente e sorrindo uns com os outros como se fossem amigos de infância. Perguntei-me se algum dia eu iria fazer o mesmo que eles, com alguns amigos, quem sabe. Parecia uma pergunta boba, mas me deixou muito triste, porque reparei que nunca tive realmente um amigo. Senti-me solitária e sem apoio, eu queria ter alguém para conversar e compartilhar momentos tristes e alegres. Isso pode soar como algo normal e rotineiro para quem já está acostumado, mas para mim era muito importante, pois eu nunca havia me socializado direito com ninguém na vida.

Foi daí que eu decidi que eu não queria mais ficar sozinha, eu precisava de amigos, e em St. Ville eu iria começar do zero. Uma nova escola, uma nova vida. Esforcei-me ao máximo para controlar meu gênio forte - antes eu nunca havia tentado, eu só me deixava levar pelo estresse e irritação – e dei o meu melhor para me relacionar bem com todos. Tentava sorrir e conversar sempre, no início foi difícil, mas a cada dia eu me sentia mais encorajada a tentar de novo, principalmente quando os resultados do meu esforço foram aparecendo. Sem que eu percebesse, eu virei companheira de todos da sala e consegui bons amigos. Sorrir e conversar já não eram mais um esforço, era o meu natural. Não posso negar que o método St. Ville ajudou bastante, as pessoas que estavam ali se identificavam comigo de uma forma ou de outra. De solitária e antissocial eu passei a popular e companheira. Eu não estava nem aí para popularidade, só queria ter bons momentos com pessoas queridas.

Era primavera e um novo ano letivo ia começar, era o meu último em St. Ville, apesar da leve tristeza que eu sentia por estar cada vez mais próxima de abandonar a escola, a alegria era ainda maior. Foram dois ótimos anos em que eu conheci pessoas novas, vivi momentos legais e fiz amigos preciosos, mas esse ano prometia ser o melhor, eu já havia me convencido que seria. Todos na sala já tinham combinado tentarem a mesma faculdade, com sorte, enquanto eu tivesse que estudar eu estaria com pessoas que gosto ao meu lado, isso me deixava feliz. Algo me dizia que eu ia ter um belo começo de ano. Bem, eu não podia estar mais enganada.

O primeiro dia de aula do meu último ano finalmente chegou. Estava ansiosa e avistei ao longe as árvores florescendo numa profusão de amarelo, e, logo em seguida, o prédio de três andares que ocupava o espaço de uns seis quarteirões no alto de uma pequena colina na cidade. Ao chegar no colégio, já havia um grupo considerável de alunos por lá, sorrindo e conversando como de costume. Os mais acanhados eram os calouros, que se espremiam no centro do hall de entrada, onde se encontrava o mural com o nome dos alunos divididos em turmas de A a E. Fui em direção ao mural do terceiro ano, na direita, mas não para ver qual seria minha classe, apenas para encontrar meus amigos que estavam ali perto. Considerando o método de Saint Ville, uma vez que você inicia com uma turma, não há por que mudá-lo.

Eles estavam todos reunidos, conversando ruidosamente em um conjunto de bancos próximo ao mural. Aproximei-me cheia de alegria:

- Oi gente! Que saudade de vocês! – não recebi nenhuma resposta – O que foi? Porque essas caras de enterro?

Por algum motivo, todos me olhavam apreensivos. A primeira a falar comigo foi Mary, uma das minhas melhores amigas. Ela ajeitou os cabelos loiros atrás das orelhas e me olhou com pesar em seus olhos castanhos. Pondo a mão no meu ombro, ela disse:

- Lisanna, você precisa ver isso. O seu nome...
- O que aconteceu? Tem algo de errado com o meu nome? Não me diga que escreveram meu sobrenome trocado novamente. Esses coordenadores...
- Não, muito pior. – disse Steve se aproximando com tristeza, e logo depois tentou envergar seu sorriso de costume – Mas eu tenho certeza que foi um engano. Então, acalme-se.
- Hã? Me acalmar? Eu não tô entendendo.

Sem esperar qualquer resposta, fui ver o que havia de errado com o meu nome. Examinei a lista de alunos da classe A, que era a minha, e fiquei sem acreditar no que via ali.

- Isso é um engano, com certeza! Não tem como... Eles não podem fazer isso – disse incrédula.
- Eles já fizeram Lisa.

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Bom minna, é isso, espero que tenham gostado. Onegai, se não gostaram de algo na história ou no meu modo de escrever, comentem. Eu não me importo com críticas, porque sei que sem elas ninguém melhora, então falem se tiver algo errado.

Kissus e matta ne!

5 comentários:

  1. Respostas
    1. Hontou ni? Verdade mesmo que gostou Bia-chan? Você teve paciência para ler o que eu escrevi >.< Arigatou, isso me deixa muito feliz! kissus pra vc ;p

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  2. Você tá doida? Claro que tive! E quanto mais eu lia, mais queria saber o que ia acontecer, sem mentira, estou sendo sincera. EU não tenho um pingo de criatividade para escrever uma história tão boa quanto a que você escreveu.
    Na verdade, tenho uma ideia do que vai acontecer, mas você pode ter posto essa ideia para confundir , por ser óbvia ou para eu justamente pensar o contrário... ah esquece, eu sempre penso coisa d++(chega a ser meio estranho ;P ), e é por isso que estou realmente anciosa pelo próximo capítulo ;)

    Bjs

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    Respostas
    1. \o/ Yokata! Totenmo ureshi!
      Não se subestime Bia-chan, tenho certeza que vc é capaz de escrever uma boa história, com grandes chances de ser melhor que a minha ;P É só dar uma olhada em seu blog e em seus posts pra ver que vc tem sim criatividade!

      E provavelmente o q vc tá pensando é o q vai acontecer, tá meio óbvio mesmo.;p

      Arigatou novamente, kissus e matta ne!

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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