Oi minna-san!
Trazendo aqui minha primeira história que vai para a página de fanfics e contos. Acho que o capítulo está um pouco grande e agradeço desde já quem tiver paciência de ler. Até agora eu tenho quatro capítulos prontos, vou postar um por semana, esse primeiro é o maior de todos, é uma introdução compridinha. Aviso logo que as coisas só começam a ficar interessantes no segundo capítulo. Ignorem a imagem do post que não tem nada a ver com o conteúdo da história, é só que eu não sabia qual imagem botar e acabei colocando a Sawako-chan que adoro. Nos próximos capítulos irei postar com alguns desenhos meus que fiz para a história, não postei logo porque estou achando eles terríveis, então vou redesenhá-los. Chega de falação! Que comece a história:
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Eu não sei como as coisas chegaram a esse ponto. Como eu
pude fazer aquilo? Como isso aconteceu? Porque eu não impedi? E na frente de
todos da sala, e também do professor! Eu estava literalmente ferrada, o que
prometia ser o melhor ano letivo da minha vida tornou-se uma das mais terríveis
lembranças logo no primeiro dia. E o que foi aquele arrepio? Aquela batida
acelerada no meu coração? Será? Não. Não pode ser. Eu poderia estar...Não! Pior
impossível, o melhor a fazer agora era esquecer aquilo e tentar dormir, porque
o segundo dia estava chegando, e eu não sabia como ia encarar todos depois do
que aconteceu hoje. Os meus amigos, meus novos colegas de classe, o
professor...o que será que eles estavam pensando de mim agora? Esqueça Lisanna,
isso vai te deixar pior ainda, durma. E foi o que eu fiz, mas antes de
continuar a minha história vamos recapitular um pouco do que me aconteceu nos
últimos anos até esse dia terrível.
Eu não entendia o porquê das perguntas tão pessoais, mas
respondi da melhor forma que pude. Será que todas as escolas secundárias usavam
esse questionário? Eu duvidava muito, e estava certa. Mais tarde eu descobri
que esse método era único da Saint Ville, que usava isso para traçar o perfil
dos alunos e depois dividi-los em turmas por grau de afinidade, e também para
decidir que professor ficaria com qual turma. Isso evitava conflitos e fazia
com que todos se relacionassem bem. Imagina estudar em uma sala em que tudo foi
organizado para que você se desse bem com todos. Isso é bom, não é? Na verdade
é ótimo. Com isso, os alunos fazem mais amigos, ficam mais entusiasmados a ir
para escola e sempre se dão bem em atividades em grupo. Diretor Peter acertou
em cheio, melhorou a vida dos estudantes e ainda o rendimento do Colégio Saint
Ville com esse método.
Quando eu soube o modo como funcionava Saint Ville, uma
pontinha de esperança surgiu em mim. Talvez numa sala com pessoas reunidas por
afinidade eu tivesse mais chances de me enturmar, só talvez. Na verdade a
definição de salas e professores naquela escola era muito mais complicada do
que apenas comparar respostas e identificar laços comuns, ela envolvia uma
série de psicólogos, pedagogos e especialistas da área que analisavam os
questionários, mas a base era mesmo a afinidade.
Logo no meu primeiro dia de aula, quando passei pelo portão da
escola e atravessei a estradinha de pedra até a porta principal que dá acesso ao
hall de entrada, o que eu vi me deixou com um aperto no coração. Tanto do lado
direito como esquerdo, onde havia um jardim e uma área gramada recheada de ipês
amarelos que iam até os limites da escola, havia inúmeros veteranos sentados e
deitados nas sombras das árvores, se abraçando, conversando alegremente e
sorrindo uns com os outros como se fossem amigos de infância. Perguntei-me se
algum dia eu iria fazer o mesmo que eles, com alguns amigos, quem sabe. Parecia
uma pergunta boba, mas me deixou muito triste, porque reparei que nunca tive
realmente um amigo. Senti-me solitária e sem apoio, eu queria ter alguém para
conversar e compartilhar momentos tristes e alegres. Isso pode soar como algo
normal e rotineiro para quem já está acostumado, mas para mim era muito
importante, pois eu nunca havia me socializado direito com ninguém na vida.
Foi daí que eu decidi que eu não queria mais ficar sozinha,
eu precisava de amigos, e em St. Ville eu iria começar do zero. Uma nova
escola, uma nova vida. Esforcei-me ao máximo para controlar meu gênio forte -
antes eu nunca havia tentado, eu só me deixava levar pelo estresse e irritação
– e dei o meu melhor para me relacionar bem com todos. Tentava sorrir e
conversar sempre, no início foi difícil, mas a cada dia eu me sentia mais
encorajada a tentar de novo, principalmente quando os resultados do meu esforço
foram aparecendo. Sem que eu percebesse, eu virei companheira de todos da sala
e consegui bons amigos. Sorrir e conversar já não eram mais um esforço, era o
meu natural. Não posso negar que o método St. Ville ajudou bastante, as pessoas
que estavam ali se identificavam comigo de uma forma ou de outra. De solitária
e antissocial eu passei a popular e companheira. Eu não estava nem aí para
popularidade, só queria ter bons momentos com pessoas queridas.
Era primavera e um novo ano letivo ia começar, era o meu
último em St. Ville, apesar da leve tristeza que eu sentia por estar cada vez
mais próxima de abandonar a escola, a alegria era ainda maior. Foram dois
ótimos anos em que eu conheci pessoas novas, vivi momentos legais e fiz amigos
preciosos, mas esse ano prometia ser o melhor, eu já havia me convencido que
seria. Todos na sala já tinham combinado tentarem a mesma faculdade, com sorte,
enquanto eu tivesse que estudar eu estaria com pessoas que gosto ao meu lado,
isso me deixava feliz. Algo me dizia que eu ia ter um belo começo de ano. Bem, eu
não podia estar mais enganada.
O primeiro dia de aula do meu último ano finalmente chegou.
Estava ansiosa e avistei ao longe as árvores florescendo numa profusão de
amarelo, e, logo em seguida, o prédio de três andares que ocupava o espaço de
uns seis quarteirões no alto de uma pequena colina na cidade. Ao chegar no colégio,
já havia um grupo considerável de alunos por lá, sorrindo e conversando como de
costume. Os mais acanhados eram os calouros, que se espremiam no centro do hall
de entrada, onde se encontrava o mural com o nome dos alunos divididos em
turmas de A a E. Fui em direção ao mural do terceiro ano, na direita, mas não
para ver qual seria minha classe, apenas para encontrar meus amigos que estavam
ali perto. Considerando o método de Saint Ville, uma vez que você inicia com
uma turma, não há por que mudá-lo.
Eles estavam todos reunidos, conversando ruidosamente em um
conjunto de bancos próximo ao mural. Aproximei-me cheia de alegria:
- Oi gente! Que saudade de vocês! – não recebi nenhuma
resposta – O que foi? Porque essas caras de enterro?
Por algum motivo, todos me olhavam apreensivos. A primeira a
falar comigo foi Mary, uma das minhas melhores amigas. Ela ajeitou os cabelos
loiros atrás das orelhas e me olhou com pesar em seus olhos castanhos. Pondo a
mão no meu ombro, ela disse:
- Lisanna, você precisa ver isso. O seu nome...
- O que aconteceu? Tem algo de errado com o meu nome? Não me
diga que escreveram meu sobrenome trocado novamente. Esses coordenadores...
- Não, muito pior. – disse Steve se aproximando com
tristeza, e logo depois tentou envergar seu sorriso de costume – Mas eu tenho
certeza que foi um engano. Então, acalme-se.
- Hã? Me acalmar? Eu não tô entendendo.
Sem esperar qualquer resposta, fui ver o que havia de errado
com o meu nome. Examinei a lista de alunos da classe A, que era a minha, e
fiquei sem acreditar no que via ali.
- Isso é um engano, com certeza! Não tem como... Eles não
podem fazer isso – disse incrédula.
- Eles já fizeram Lisa.
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Bom minna, é isso, espero que tenham gostado. Onegai, se não gostaram de algo na história ou no meu modo de escrever, comentem. Eu não me importo com críticas, porque sei que sem elas ninguém melhora, então falem se tiver algo errado.
Kissus e matta ne!
Perfeitoo!
ResponderExcluirtô anciosa pelo proximo ;D
Hontou ni? Verdade mesmo que gostou Bia-chan? Você teve paciência para ler o que eu escrevi >.< Arigatou, isso me deixa muito feliz! kissus pra vc ;p
ExcluirVocê tá doida? Claro que tive! E quanto mais eu lia, mais queria saber o que ia acontecer, sem mentira, estou sendo sincera. EU não tenho um pingo de criatividade para escrever uma história tão boa quanto a que você escreveu.
ResponderExcluirNa verdade, tenho uma ideia do que vai acontecer, mas você pode ter posto essa ideia para confundir , por ser óbvia ou para eu justamente pensar o contrário... ah esquece, eu sempre penso coisa d++(chega a ser meio estranho ;P ), e é por isso que estou realmente anciosa pelo próximo capítulo ;)
Bjs
\o/ Yokata! Totenmo ureshi!
ExcluirNão se subestime Bia-chan, tenho certeza que vc é capaz de escrever uma boa história, com grandes chances de ser melhor que a minha ;P É só dar uma olhada em seu blog e em seus posts pra ver que vc tem sim criatividade!
E provavelmente o q vc tá pensando é o q vai acontecer, tá meio óbvio mesmo.;p
Arigatou novamente, kissus e matta ne!
Este comentário foi removido pelo autor.
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